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Written by 10:53 Inteligência Artificial, Notícias

Líderes do G7 Buscam Padrões Globais para Tecnologia de Inteligência Artificial

No último sábado, 20 de maio, os líderes das nações do G7 se reuniram em Hiroshima, no Japão, e fizeram um chamado para o desenvolvimento e a adoção de padrões técnicos globais para as tecnologias de inteligência artificial (IA). A avaliação é de que a segurança da tecnologia não acompanha o seu crescimento exponencial, o que levanta preocupações e desafios significativos.

A crescente importância da IA e o seu impacto em diversos setores da sociedade despertam a atenção de governos e organizações internacionais. Os líderes do G7 reconhecem que as abordagens para alcançar uma “visão comum e o objetivo de uma IA confiável” podem variar, mas ressaltaram a necessidade de que as regras para as tecnologias digitais, como a IA, estejam alinhadas com valores democráticos.

Esse apelo ocorre em um momento em que a União Europeia estava prestes a aprovar uma legislação para regular a tecnologia de IA, possivelmente se tornando a primeira lei abrangente de IA do mundo. A União Europeia é membro do G7 e a aprovação dessa lei poderia estabelecer um precedente importante entre as economias avançadas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a importância de garantir que os sistemas de IA sejam precisos, confiáveis, seguros e não discriminatórios, independentemente de sua origem. Esse posicionamento reflete a preocupação global em relação à IA e sua utilização ética e responsável.

Os líderes do G7 também expressaram a necessidade de um balanço imediato das oportunidades e desafios da IA generativa, como aquela popularizada pelo aplicativo ChatGPT. A IA generativa tem demonstrado potencial para criar conteúdos e interagir com os usuários, mas também suscita preocupações relacionadas a direitos autorais e disseminação de desinformação.

Essa preocupação global em relação à IA não é recente. No início de abril, centenas de profissionais da área de tecnologia assinaram uma carta pedindo uma pausa de seis meses no desenvolvimento da inteligência artificial. O documento alertava para o fato de que a IA está prestes a causar uma mudança profunda na história do planeta e que seu desenvolvimento tem ocorrido de forma acelerada e muitas vezes sem controle adequado.

Legisladores da União Europeia também têm se manifestado sobre a necessidade de regulamentar as tecnologias de IA, destacando que essas tecnologias estão se desenvolvendo mais rapidamente do que o esperado. Esse contexto reflete a urgência em se estabelecer normas e diretrizes para a utilização da IA, a fim de mitigar riscos e garantir sua aplicação de forma responsável.

As abordagens em relação à IA entre as nações ocidentais do G7 contrastam com a postura restritiva adotada pela China. O regulador chinês do ciberespaço divulgou, em abril, um projeto de medidas para alinhar os serviços gerados por IA com os principais valores socialistas do país.

Embora as abordagens dos países do G7 em relação à regulamentação da IA possam ser diferentes, os líderes concordaram em criar um fórum ministerial chamado de “processo de IA de Hiroshima”. Esse fórum será responsável por discutir questões relacionadas à IA generativa, como direitos autorais e desinformação, até o final deste ano.

Além disso, os líderes do G7 também instaram organizações internacionais, como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a analisar o impacto dos desenvolvimentos políticos relacionados à IA. Essa colaboração internacional é fundamental para estabelecer diretrizes e padrões globais que garantam o uso ético e seguro da tecnologia.

A cúpula do G7 sobre IA ocorreu logo após uma reunião de ministros digitais do grupo no mês passado. Durante esse encontro, os membros do G7, incluindo Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Canadá e União Europeia, expressaram a necessidade de adotar regras baseadas em risco para a IA..

À medida que a IA continua a evoluir e a se integrar cada vez mais em nossas vidas, é fundamental que os governos e as organizações trabalhem juntos para estabelecer normas e regulamentações que promovam a confiança e a transparência na utilização dessa tecnologia. Somente dessa forma poderemos aproveitar todo o potencial da IA de maneira responsável e segura.

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