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Written by 10:17 Mercado Tecnológico, Notícias

ViaSat-3: o satélite que promete revolucionar a conectividade global

Uma nova era de conectividade está prestes a começar, com o lançamento do maior e mais moderno satélite de telecomunicações, o Visat-3 Américas, que acontecerá na noite desta quarta-feira (26). O satélite irá cobrir todo o continente americano com internet de banda larga, incluindo o Brasil. O transporte será feito pelo Falcon Heavy, o foguete mais potente em operação comercial da SpaceX, de Elon Musk. O lançamento acontecerá no Centro Espacial Kennedy, da Nasa, e está previsto para às 20h24 (horário de Brasília). A equipe do Tilt estará na Flórida (EUA) para acompanhar o lançamento ao vivo e de perto. Saiba mais sobre essa incrível conquista tecnológica que promete mudar a maneira como nos conectamos.

A empresa de telecomunicações ViaSat acaba de lançar o primeiro satélite da rede ViaSat-3, que será responsável por cobrir todo o globo com internet de ultra capacidade. A rede será composta por três satélites: o segundo será lançado ainda este ano para servir Europa, Oriente Médio e África (Emea), e o terceiro está programado para 2024 para a região da Ásia-Pacífico (Apac).

Embora os números da rede ViaSat-3 possam parecer modestos quando comparados com a “constelação” da Starlink, que já tem 3.700 satélites em órbita, a ViaSat-3 será capaz de cobrir todos os continentes e as principais rotas aéreas e marítimas do globo. A principal diferença entre as duas redes é que a ViaSat utiliza satélites geoestacionários, que ficam muito altos, a mais de 35.000 km de altitude, em órbita geossíncrona (GEO), enquanto a Starlink utiliza pequenos satélites em órbita baixa terrestre (LEO), a cerca de 500 km.

Cada um dos três satélites da ViaSat-3 tem capacidade de transferência de dados de mais de 1 terabit por segundo (Tbps), representando uma evolução de 500% em relação à frota atual da empresa. Quando completa, a rede terá 3 Tbps e cobrirá mais de 90% da área habitada do planeta. “Cada satélite será responsável por quase um terço do globo. Só os polos ficam de fora”, explica Leandro Gaunszer, diretor-geral da Viasat Brasil.

No Brasil, a Viasat opera desde 2018 por meio de uma parceria com a estatal Telebras. Ela usa 58% da capacidade do satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Terrestres (SGDC) para oferecer seus serviços de banda larga para empresas e residências em todo o país, além de wi-fi a bordo nos aviões da Azul Linhas Aéreas. A parceria também viabiliza mais de 25 mil pontos de conexão de interesse público, como em unidades de saúde e de educação, postos de fronteira, instalações militares e comunidades indígenas. “Cerca de 19 mil escolas rurais que não tinham acesso agora estão conectadas”, diz Gaunszer.

As conexões via satélite também são usadas em momentos de desastres e crises humanitárias, como em Brumadinho, no litoral norte de São Paulo e na Terra Indígena Yanomami, onde as redes terrestres ficam fora do ar. Por isso, parcerias com o governo brasileiro são de interesse tanto da Viasat quanto da SpaceX, que em maio do ano passado assinou um acordo com a Starlink para conectar 19 mil escolas brasileiras e monitorar a Amazônia.

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