Nesta quinta-feira (13), o Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB) anunciou a criação de uma força-tarefa para tratar do robô ChatGPT, que pode ser o primeiro passo para o bloco criar uma política comum de regras de privacidade para a inteligência artificial. Os países-membros do EDPB discutiram a decisão da Itália de banir essa inteligência artificial até que ela se enquadre na lei de proteção de dados da União Europeia.

A criação da força-tarefa ocorreu após o robô entrar na mira de vários países, como a Alemanha, que afirmou que poderia seguir a Itália e banir o ChatGPT, e a França, que está investigando a suspeita de que o robô tenha violado regras de privacidade.

A Associação Espanhola de Proteção de Dados também pediu para o EDPB avaliar os riscos de privacidade do ChatGPT e abriu sua própria investigação a respeito de possíveis violações da ferramenta. Essa nova IA atraiu a atenção nos últimos meses com a capacidade de ter resposta para quase tudo, tendo alcançado mais de 100 milhões de usuários ativos mensais.

Uma fonte de um órgão de vigilância nacional disse que os países-membros do EDBP esperam alinhar suas posições políticas, mas que isso levará tempo. A mesma fonte afirmou que os integrantes do grupo não estão buscando punir ou criar regras que afetem a OpenAI, dona do ChatGPT e apoiada pela Microsoft, mas sim criar políticas gerais que “sejam transparentes”.
O Conselho Europeu para Proteção de Dados (EDPB) é uma entidade autônoma que fiscaliza o cumprimento das normas de privacidade de dados na União Europeia. Ele é formado por agências de supervisão de proteção de dados de cada país membro. No momento, não foi possível entrar em contato com essa organização para obter comentários.