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Written by 10:49 Mercado Tecnológico, Notícias

Entenda como funciona a tecnologia que direciona o submersível até o Titanic

Um submersível utilizado em uma expedição para explorar os destroços do famoso navio Titanic desapareceu misteriosamente no Oceano Atlântico. O equipamento, chamado Titan, conta com tecnologia avançada, incluindo propulsores elétricos, comunicação via satélite e, surpreendentemente, um controle de videogame.

A empresa responsável pela expedição, OceanGate, afirmou em uma postagem nas redes sociais que, devido à falta de torres de celular na região oceânica, eles dependiam da empresa Starlink, de Elon Musk, para fornecer comunicações durante a Expedição Titanic de 2023. O Titan partiu da região de Newsfoundland, no Canadá, na sexta-feira passada, e perdeu o contato no domingo, cerca de uma hora e 45 minutos após iniciar a descida até os destroços do Titanic.

A comunicação com a tripulação do submersível é realizada por mensagens de texto, uma vez que o som não se propaga de forma eficiente debaixo d’água. O Capitão de Mar e Guerra Luiz Eduardo Cetrim Maciel, Comandante da Base de Submarinos da Marinha em Niterói (RJ), explicou que é transmitida uma mensagem de texto via satélite para indicar que o submersível está operando em segurança.

No caso dos submersíveis, os tripulantes se comunicam com um navio de controle que os acompanha na superfície. Já os submarinos não necessitam de um navio de controle monitorando-os acima, mas mantêm um mastro de comunicação fora da água para se comunicar com a equipe da Marinha, também por meio de satélite e, antigamente, por ondas de rádio. O Capitão Cetrim explicou que a perda de comunicação com o navio leva à suposição de que ocorreu algum acidente, e a análise é de que a expedição não poderia continuar sem comunicação.

A comunicação via satélite também auxilia a localização da tripulação no fundo do mar, uma vez que o GPS não funciona quando o submarino está submerso. O comandante afirmou que provavelmente o navio de controle indica para onde eles devem ir.

Um fato curioso é que o Titan é pilotado com um controle de videogame, de acordo com o CEO da OceanGate. Embora pareça improvisado, o uso de equipamentos semelhantes a joysticks é comum em submarinos, inclusive na Marinha do Brasil. O capitão Cetrim explicou que nos submarinos mais antigos, de fabricação alemã, o controle é semelhante ao manche de um avião, utilizado para controlar a profundidade e a direção. Já nos submarinos mais modernos, de fabricação francesa, é utilizado um equipamento mais parecido com um joystick. Segundo ele, isso não afeta a confiabilidade do submarino, é apenas uma concepção mais atual.

O deslocamento do submersível é feito por meio de uma combinação de duas formas de controle. Primeiro, há a propulsão com motores elétricos e hélices, similar a um navio convencional. Além disso, controla-se a quantidade de água dentro do submarino. O capitão explicou que os submarinos possuem tanques cheios de ar, e quando estão a certa distância da costa e alcançam a profundidade necessária, abrem-se as válvulas sobre os tanques, permitindo que o ar escape. Dessa forma, a água entra por baixo, tornando o submarino mais pesado que a água e fazendo-o mergulhar. Para subir, basta injetar ar nos tanques.

O Titan possui quatro propulsores elétricos Innerspace 1002, de acordo com o portal da OceanGate.

Ainda não há informações sobre o paradeiro do submersível ou o motivo de seu desaparecimento. As autoridades e equipes de busca estão mobilizadas para localizar e resgatar a tripulação.

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