Ao navegar pelo feed do Instagram ou do Facebook, mais de 20% do conteúdo exibido tem a curadoria da inteligência artificial (IA), revelou Mark Zuckerberg, CEO da Meta. Agora, a empresa está explicando como funciona essa tecnologia para recomendar conteúdo aos usuários.
O processo de recomendação de publicações que possam ser de interesse inicia-se com a compreensão do conteúdo, utilizando modelos de produção que fornecem classificação de tópico e gênero, previsão de hashtags, correspondência de similaridade e agrupamento.
A IA também recupera e classifica as preferências dos usuários. “Esses sistemas entendem as preferências de comportamento das pessoas utilizando modelos de atenção em grande escala, redes neurais gráficas, aprendizado de poucos disparos e outras técnicas”, afirma o comunicado da Meta.
Além disso, a tecnologia incorpora o feedback das pessoas. Outro sistema utiliza dezenas de trilhões de parâmetros para compreender as preferências dos quase 3 bilhões de usuários das redes sociais da empresa, e também aprende o que os novatos desejam em poucos cliques, sendo capaz de responder em tempo real.
É possível descobrir como a tecnologia decide, inclusive, mostrar algo no feed. No Instagram, o botão “Por que você está vendo essa publicação” detalha os motivos que levaram a inteligência artificial a exibir determinado post.
Entretanto, as pessoas não estão completamente dependentes da IA para receberem conteúdo ou totalmente sujeitas a ela. Tanto no Instagram como no Facebook, é possível treinar as plataformas para indicar preferências.
No Instagram, por exemplo, é possível indicar o interesse ou, mais especificamente, o desinteresse, por meio do botão “Não estou interessado”, que foi incorporado em 2021. No Facebook, os usuários podem personalizar o conteúdo selecionando as opções “Mostrar mais” ou “Mostrar menos”.
Essas funcionalidades permitem que os usuários tenham um maior controle sobre o tipo de conteúdo que desejam visualizar em suas redes sociais. Com a possibilidade de indicar suas preferências e desinteresses, a IA se torna uma ferramenta ainda mais precisa na hora de recomendar conteúdo relevante para cada usuário.
A Meta, empresa por trás do Instagram e do Facebook, continua investindo em pesquisas e aprimoramentos para tornar a curadoria da inteligência artificial cada vez mais precisa e eficiente. A ideia é proporcionar uma experiência personalizada e satisfatória aos usuários, mantendo-os engajados e conectados com o conteúdo que mais lhes interessa.
No entanto, é importante ressaltar que o uso da IA na curadoria de conteúdo também traz desafios e questões relacionadas à privacidade e à manipulação algorítmica. É necessário um debate contínuo sobre como equilibrar a personalização do conteúdo com a proteção dos dados e a diversidade de informações.
A curadoria da inteligência artificial é uma realidade presente nas redes sociais e tem um impacto significativo na forma como consumimos conteúdo online. Compreender como funciona essa tecnologia e utilizar as ferramentas disponíveis para personalizar nossas experiências são passos importantes para garantir que as redes sociais sejam espaços de interação e informação relevantes para cada um de nós.
